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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Projeto resgata manifestação folclórica "Rei Congo" em Petrolina 25 crianças e adultos do bairro João de Deus participam do grupo cultural. Elas aprendem a dança e os cantos do congado.


Juliane PeixinhoDo G1 Petrolina

Crianças e adultos do bairro João de Deus em Petrolina aprendem a dançar o Rei Congo (Foto: Juliane Leite/ Arquivo pessoal)Crianças e adultos do bairro João de Deus em
Petrolina aprendem a dançar o Rei Congo
(Foto: Juliane Leite/ Arquivo pessoal)
Um tipo de manifestação cultural dos tempos da escravidão que abrange dança e música e estava quase extinta na região. Em Petrolina, o padre missionário espanhol Juan Francisco resgatou o folguedo e envolveu a Fundação Senador Nilo Coelho, que convocou aprendizes para formar um grupo de cultura. Cerca de 25 crianças e adultos do bairro João de Deus em Petrolina fazem parte do grupo folclórico de “Rei Congo”
O Rei Congo também é conhecido como “congado’’ “congada” ou “congo”, um festejo popular religioso afro-brasileiro mesclado com elementos católicos, com um tipo de dança na coroação do rei do Congo, em cortejo, com passos e cantos.
Os ensaios do Rei Congo em Petrolina são realizados às segundas e quintas-feiras, a partir das 19h, no centro paroquial da Igreja São João Batista no bairro João de Deus. Durante os encontros são ensinados os passos da dança e as canções, além de aulas para treinar o uso de instrumentos, como o guizo, violão, espadas e facões.
A instrutora da Fundação Senador Nilo Coelho, Julia Ferreira, explica que em Petrolina havia um único grupo de Rei Congo há mais de 40 anos no bairro Vila Mocó.  Até que através das missões do Padre Juan Francisco, a dança chegou ao João de Deus. O projeto do Rei Congo foi criado em 2009, com o objetivo de desenvolver um trabalho com a igreja católica voltado à vida e à cidadania.
“Tivemos as primeiras reuniões nos salões paroquiais; inicialmente só participavam homens. Depois foi aberto para crianças e mulheres. A fundação apenas colaborava com a igreja, mas a partir do mês de março, depois que o Padre Juan foi para Espanha, assumimos o projeto”, conta.
Seu Gilberto Barbosa, de 50 anos, é o mais antigo do grupo cultural de Rei congo. Ele conheceu a manifestação aos 5 anos de idade, através de um tio que morava na cidade do Recife. No João de Deus, foi o responsável por ensinar a dança a todos do projeto. “O Padre Juan e a instrutora Julia me procuraram para que eu pudesse repassar para as crianças tudo que eu sabia”, explica.
O Rei congo é uma manifestação folclórica que abrange dança e música, e estava quase extinta na região. (Foto: Juliane Leite/ Arquivo pessoal)O Rei congo é uma manifestação folclórica que
abrange dança e música, e estava quase extinta
na região.
(Foto: Juliane Leite/ Arquivo pessoal)
O empenho das crianças e adolescentes nas atividades do Rei Congo, os afasta dos perigos das drogas e outros riscos da atualidade. “Os meninos se dedicam muito, eles me procuram para ensaiar, mostrar passos. Eu acho bom, porque tiramos eles da rua e resgatamos uma cultura quase extinta”, ressalta.
Para os praticantes do Rei Congo, a Fundação Senador Nilo Coelho disponibiliza uma instrutora para orientar os alunos e custeia todas as vestimentas utilizadas nas apresentações do grupo. No dia 13 de dezembro, às 10h, no Centro de Atividades Nilo Coelho na Rua Honorato Viana, s/n, bairro Gercino Coelho, será realizada uma apresentação para marcar o encerramento dos cursos deste ano.
Para quem deseja participar do grupo de Rei Congo, as inscrições serão abertas no próximo ano, previsão para o mês de março.

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