Quem diria que os esportes com prancha não são mais praticados exclusivamente no mar? Atualmente, em um passeio pela orla de Petrolina - PE é possível perceber que praticantes do Stand up paddle aproveitam a extensão e as belezas do rio São Francisco para exercitá-lo. No esporte, também conhecido por SUP, basta o atleta ficar em pé em uma prancha e remar. A facilidade do esporte e sua possibilidade de adaptação à qualquer ambiente aquático têm conquistado novos adeptos a cada dia. Um grupo de mulheres se reúne semanalmente em Petrolina para a prática do esporte e acreditam que é possível ajustá-lo a um cotidiano agitado.
Lucélia Lira pratica o SUP há um ano e meio (Foto: Magda Lomeu)
- O Stand up paddle é mais ou menos um vício, porque para mim além de uma atividade física é uma maneira de relaxar. No mínimo três vezes por semana eu venho, porque tem essa viabilidade do rio que é tranquilo. É só colocar a prancha e vir na hora do almoço, durante o intervalo. Eu venho fico remando mais ou menos uma hora e depois volto para as atividades normais -, conta a fisioterapeuta Lucélia Lira que pratica o esporte há cerca de um ano e meio.
O SUP ainda não é muito popular, mas assim como Lucélia, sua colega de treino e funcionária pública, Daniela Duarte, se apaixonou pelo esporte quando o conheceu e tornou cada vez mais frequente sua prática.
- Comecei no ano passado. Eu conheci através de amigos e descobri que tinha uma pessoa aqui no Vale do São Francisco que alugava prancha, então fiquei alugando alguns finais de semana para me acostumar com o esporte e depois disso eu resolvi comprar uma prancha, explica Daniela.
QUANTO CUSTA PRATICAR O SUP
O aluguel do material a que Daniela se refere é feito por Rodrigo Rodrigues, empresário do ramo esportivo. Atualmente ele possui três pranchas e as aluga pelo valor de R$100,00 por dia. A prancha acompanha o remo e um colete salva-vidas. A procura é grande e a reserva precisa ser feita com antecedência, mas Rodrigo ainda considera a prática uma novidade na região.
- Eu já havia visto os materiais, o esporte. Achei bacana e quis trazer uma novidade pra cá -, afirma Rodrigo.
A aquisição do material sai ainda mais cara. A prancha de velocidade, como as utilizadas por Lucélia e Daniela custam em média R$5.000,00, os remos R$800,00. Como não há venda dos produtos em Petrolina é preciso pagar também o transporte do equipamento, que saiu por R$200,00 para as petrolinenses que adquiriram o material em uma loja de Recife.
A prática do Stand up paddle é cada dia mais comum no rio São Francisco (Foto: Magda Lomeu)
Apesar do custo para prática, quem experimenta quer dar continuidade. Lucélia, está tão envolvida pelo esporte que até nas férias continua praticando, mas acredita que no Velho Chico o SUP fica ainda melhor.
- Fui agora nas férias para João Pessoa - PB e lá a prática é mais popular, então eu aluguei o SUP e fiz no mar, mas tem diferença. O rio tem uma vantagem imensa, porque é mais prazeroso. No mar como tem as ondas, tem o horário certo, tem a relação de maré baixa, maré alta, aqui não, a qualquer hora você pode ir. Aqui você relaxa, fica muito mais tranquila, vai remando sem tanta pressa, sem se preocupar com onda, por isso eu prefiro praticar o SUP no rio -, pondera Lucélia.
CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA PRÁTICA SEGURA
Como em Petrolina não há nenhuma escola para o ensino das técnicas do SUP, como postura, equilíbrio e remada, as praticantes buscam informações para seu exercício e redobram a segurança.
- O ideal é usar o colete. A gente procura não ir para muito longe, praticar sempre em grupo, porque tem sempre alguém olhando o outro. Além disso é preciso saber nadar e utilizar o leash, que é aquela fita que a prende a prancha na perna. Em caso de perda de equilíbrio ou queda na água, ele permite que a gente não se distancie da prancha e a utilize para boiar, esclarece Lucélia.
Daniela Duarte já treina SUP há um ano (Foto: Magda Lomeu)
Além de permitir maior contato com a natureza, o SUP trabalha toda parte física, como braços e pernas.
- É um exercício bem completo. A gente trabalha o corpo todo porque é preciso estar se equilibrando, mas todo mundo pode praticar, mesmo uma criança pode remar. A gente tem feito como esporte, como atividade física, mas a prática é acessível a qualquer pessoa -, diz Daniela, que pratica o esporte há cerca d
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